31 de julho de 2011

Cérebro de minhocas.

Acho que estou perdendo meu feeling pra escrever.

22 de julho de 2011

Texto egoísta.

"O tempo passou
Claro que passaria
Como passam as vontades
Que voltam no outro dia."
(Engenheiros do Hawaii - Eu não consigo odiar ninguém)


Eu sou de lua. Não querendo plagiar Cecília Meireles em Lua Adversa mas é assim que eu sou. Não, não é transtorno bipolar; é só monotonia e vontade do novo. Todo ser humano é assim: se encanta com o novo. A novidade é um prato cheio que deixa qualquer um salivando, mas as pessoas de lua vão atrás desse novo sem pensar muito no que tinha antes. Fase nova chegando, cresci!
Depois de certo período o novo vira velho e algo mais novo ainda chega, eu continuo indo sucessivamente até voltar ao que eu era antes. O ciclo lunar é assim, quem me dera que a vida também fosse. Nem sempre eu posso voltar para a primeira fase normalmente. Minguei.
Minha mãe diz que eu enjoo até de mim mesma, quem dirá dos outros. Como esse enjoo repentino, outras pessoas ficam magoadas e nem sempre tudo pode voltar ao normal. É por isso que eu mudo tanto, é por isso que eu sou tão indecisa.


"Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."
(Lua Adversa, Cecília Meireles)